Há muito tempo sabe-se que uma alimentação balanceada pode prevenir e tratar muitas doenças. A comunidade científica atenta para este fato descobriu que alguns alimentos apresentam além do aspecto nutricional comum, nutrientes que agem na melhora e redução de doenças. O efeito terapêutico inclui alteração na composição de gorduras corporais, redução na absorção do colesterol, regulação da coagulação do sangue, influência nas atividades digestivas entre outras.
Nutracêuticos são substâncias que se apresentam numa faixa cinzenta, entre comida e remédio, entre nutriente e medicamento, compreendendo não apenas nutrientes tradicionais, como vitaminas, sais minerais, aminoácidos ou ácidos graxos poli-insaturados, mas também não-nutrientes como as fibras, além de uma ampla gama de substâncias que parecem contribuir para a prevenção ou mesmo cura de doenças, como o licopeno do tomate, o resveratrol do vinho, os fitoesteróis da casca da uva, que podem estar presentes, ou não, em alimentos – então muitas vezes por isso denominados alimentos funcionais, sendo que os mecanismos de ação não estão, na maioria dos casos, plenamente conhecidos, baseando-se as afirmativas mais em dados epidemiológicos do que em ensaios bioquímicos ou fisiológicos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) visando regulamentar esta nova prática no Brasil publicou a portaria nº 398 que estabelece as diretrizes básicas para a análise e comprovação de propriedades funcionais e/ou de saúde alegadas em rotulagem de alimentos. Esta atitude visa proteger o consumidor, e estimular os investimentos em pesquisas científicas.